Tecnologias como robótica, inteligência artificial e a Internet das Coisas já estão impactando nossa vida, mas prometem mudá-la drasticamente no futuro.

Quando pensamos na atual internet das coisas, tendemos a focar em máquinas e aparelhos conectando-se entre si – como a tecnologia que nos permite monitorar e controlar remotamente nosso ambiente doméstico. Mas também podemos imaginar cenários num futuro próximo em que isso pode ter um impacto mais direto em nossa vida.

Imagine, por exemplo, ter uma geladeira com jeitão de robô, capaz de perceber que está acabando o leite. Ela envia automaticamente uma mensagem ao supermercado, onde um robô pega o leite e o envia para você – sem humano algum no processo.

Supondo que qualquer tarefa – como esta acima – pode ser automatizada, então qual será o papel da mão de obra humana em cinco, dez ou 50 anos?

Vamos pensar no impacto da tecnologia no emprego, na qualidade de vida e no equilíbrio entre vida pessoal e trabalho. Certamente, alguns dos empregos de hoje não existirão amanhã, e, na verdade, não temos ideia do que os substituirá.

Se os avanços tecnológicos gerarem altíssima produtividade, e as necessidades humanas básicas forem supridas mais facilmente, então os seres humanos poderão trabalhar por um propósito – não para sobrevivência.

Isso lhes deixará mais espaço para trabalhar no que os humanos se distinguem – em atividades emocionais, interativas e criativas. Nesse mundo, imaginação e paixão terão um papel importantíssimo no mercado de trabalho, até mais do que habilidades e conhecimentos adquiridos. Nosso sistema educacional precisará se adaptar para refletir as habilidades multidisciplinares, de liderança e de comunicação que serão necessárias no futuro.

No futuro do uso da internet das coisas, não só as máquinas serão conectadas, mas as pessoas. E se nossos smartphones registrassem nosso estado emocional e, então, enviassem essa informação à nuvem para que ela fosse acessada por familiares, amigos e colegas? Isso resultaria em uma inteligência com conexão humano-máquina com enormes fluxos de dados.

Ao elevar a imaginação e a paixão a competências essenciais, acreditamos que os dados serão organizados de forma a levar a tecnologia para um futuro centrado no humano – ao invés de permitir que a tecnologia nos conduza.